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FVA Advocacia Criminal e Aduaneira

Fiança Policial e Judicial: Entenda as Diferenças e Implicações

Como advogado criminalista, um dos aspectos práticos do direito penal com os quais frequentemente lido é o da fiança, um instrumento legal que permite a liberdade provisória do acusado até o julgamento.


A fiança pode ser classificada em dois tipos: policial e judicial. Cada uma possui características e implicações distintas, as quais são cruciais entender tanto para a defesa quanto para a acusação.


Fiança Policial:


A fiança policial é prevista no artigo 322 do Código de Processo Penal e pode ser concedida nos crimes cuja pena máxima não exceda quatro anos.


Este tipo de fiança é aplicado diretamente pela autoridade policial, ou seja, o delegado, em casos onde o crime não envolve violência ou grave ameaça e quando não há motivos para prisão preventiva.


As principais características da fiança policial incluem:


  • Rapidez na concessão, podendo ser aplicada logo após a detenção.

  • Limitação ao valor estipulado pela autoridade policial, com base em critérios legais.

  • Possibilidade de recurso ao juiz caso a fiança seja negada ou considerada excessiva.


Fiança Judicial:


A fiança judicial, conforme estabelecido nos artigos 323 a 325 do Código de Processo Penal, é concedida pelo juiz e aplicável em casos mais graves, onde a pena máxima é superior a quatro anos.


Esta fiança é determinada quando a autoridade policial não tem competência para concedê-la ou em situações de prisão preventiva.


Suas características incluem:


  • Necessidade de uma audiência de custódia ou análise judicial para sua concessão.

  • Possibilidade de aplicação em um espectro mais amplo de crimes, incluindo alguns mais graves.

  • Maior flexibilidade em termos de valor, podendo o juiz considerar aspectos como a situação econômica do acusado.


Em ambos os casos, o valor da fiança é destinado a garantir o comparecimento do acusado aos atos do processo, a não obstrução do andamento da ação penal e, se condenado, a garantia da execução da pena, incluindo o pagamento de custas processuais e indenizações.


É importante ressaltar que, como advogado, um dos meus papéis é orientar meus clientes sobre a viabilidade e as consequências da fiança, seja ela policial ou judicial.


Devo garantir que a fiança seja justa e proporcional, além de assegurar que meus clientes compreendam suas obrigações legais após a concessão da fiança.


A fiança é um direito do acusado e uma ferramenta fundamental para a garantia da liberdade provisória, mas deve ser tratada com responsabilidade e compreensão plena de suas implicações.

 
 

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