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FVA Advocacia Criminal e Aduaneira

Legítima Defesa: Conceito e Aplicação Prática

Como advogado criminalista, é crucial ter um entendimento profundo sobre o conceito de legítima defesa e sua aplicação prática no direito penal.


A legítima defesa é uma excludente de ilicitude, prevista no artigo 25 do Código Penal brasileiro, que permite a uma pessoa usar de meios necessários para repelir uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de terceiro.


Para que uma ação seja considerada legítima defesa, alguns critérios essenciais devem ser atendidos:


  • Agressão Injusta: Deve haver uma agressão em andamento ou iminente, que ameace um direito próprio ou de terceiros. Essa agressão deve ser injusta, ou seja, não provocada ou justificada legalmente pelo agredido.


  • Atualidade ou Iminência: A ameaça deve ser atual, acontecendo no momento, ou iminente, ou seja, prestes a ocorrer. Ações defensivas contra ameaças passadas ou hipotéticas futuras não se enquadram como legítima defesa.


  • Necessidade: A reação deve ser necessária para repelir a agressão. Se houver outra maneira menos lesiva de evitar a agressão, a legítima defesa pode não ser reconhecida.


  • Proporcionalidade: A reação deve ser proporcional à agressão. Utilizar força excessiva ou desproporcional em relação à ameaça enfrentada pode descaracterizar a legítima defesa.


Na prática, a aplicação do conceito de legítima defesa requer uma análise detalhada dos fatos de cada caso.


Como advogado, meu papel é examinar cuidadosamente as circunstâncias, assegurando que todos os elementos da legítima defesa estejam presentes.


Isso pode envolver a análise de provas, como depoimentos, imagens de câmeras de segurança e relatórios médicos.


Em casos onde a legítima defesa é alegada, é fundamental construir uma argumentação sólida, demonstrando como as ações do meu cliente se encaixam nos critérios legais.


Isso pode incluir destacar a natureza da ameaça enfrentada, a falta de alternativas seguras para evitar a agressão, e a proporcionalidade da resposta.


Por fim, é importante ressaltar que a legítima defesa é um direito fundamental, reconhecido para a proteção de direitos em situações extremas.


No entanto, sua aplicação deve ser cuidadosa e respaldada por uma análise jurídica criteriosa, para que não sirva de pretexto para justificar atos de violência desproporcional ou desnecessária.

 
 

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