Legítima Defesa: Conceito e Aplicação Prática
- Felipe Alencar

- 29 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Como advogado criminalista, é crucial ter um entendimento profundo sobre o conceito de legítima defesa e sua aplicação prática no direito penal.
A legítima defesa é uma excludente de ilicitude, prevista no artigo 25 do Código Penal brasileiro, que permite a uma pessoa usar de meios necessários para repelir uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de terceiro.
Para que uma ação seja considerada legítima defesa, alguns critérios essenciais devem ser atendidos:
Agressão Injusta: Deve haver uma agressão em andamento ou iminente, que ameace um direito próprio ou de terceiros. Essa agressão deve ser injusta, ou seja, não provocada ou justificada legalmente pelo agredido.
Atualidade ou Iminência: A ameaça deve ser atual, acontecendo no momento, ou iminente, ou seja, prestes a ocorrer. Ações defensivas contra ameaças passadas ou hipotéticas futuras não se enquadram como legítima defesa.
Necessidade: A reação deve ser necessária para repelir a agressão. Se houver outra maneira menos lesiva de evitar a agressão, a legítima defesa pode não ser reconhecida.
Proporcionalidade: A reação deve ser proporcional à agressão. Utilizar força excessiva ou desproporcional em relação à ameaça enfrentada pode descaracterizar a legítima defesa.
Na prática, a aplicação do conceito de legítima defesa requer uma análise detalhada dos fatos de cada caso.
Como advogado, meu papel é examinar cuidadosamente as circunstâncias, assegurando que todos os elementos da legítima defesa estejam presentes.
Isso pode envolver a análise de provas, como depoimentos, imagens de câmeras de segurança e relatórios médicos.
Em casos onde a legítima defesa é alegada, é fundamental construir uma argumentação sólida, demonstrando como as ações do meu cliente se encaixam nos critérios legais.
Isso pode incluir destacar a natureza da ameaça enfrentada, a falta de alternativas seguras para evitar a agressão, e a proporcionalidade da resposta.
Por fim, é importante ressaltar que a legítima defesa é um direito fundamental, reconhecido para a proteção de direitos em situações extremas.
No entanto, sua aplicação deve ser cuidadosa e respaldada por uma análise jurídica criteriosa, para que não sirva de pretexto para justificar atos de violência desproporcional ou desnecessária.
.png)

