Guia do Advogado Criminalista: Como Proceder em um Inquérito Policial
- Felipe Alencar

- 29 de ago. de 2024
- 1 min de leitura
Como advogado criminalista, é meu dever orientar meus clientes investigados em um Inquérito Policial.
Essa fase preliminar é crucial e requer uma abordagem cuidadosa.
1. Entendendo o Inquérito Policial:
Natureza do Inquérito: O Inquérito Policial é um procedimento administrativo, conduzido pela polícia, para apurar a existência de um crime e sua autoria. Ele precede a ação penal.
2. Direitos Fundamentais do Investigado:
Direito ao Silêncio: O investigado pode se recusar a falar para não se autoincriminar.
Assistência de Advogado: A presença de um advogado é essencial para garantir que os direitos do investigado sejam respeitados.
3. Comportamento Durante as Diligências:
Postura Respeitosa: Respeitar os procedimentos e as autoridades envolvidas.
Cautela nas Declarações: Evitar declarações precipitadas ou sem orientação do advogado.
4. Acesso aos Autos e Defesa Técnica:
O advogado deve ter acesso aos autos para conhecer as acusações e as provas já coletadas, fundamentais para preparar a defesa.
5. Prazos do Inquérito:
Prazos para Conclusão: Geralmente, 30 dias se o investigado estiver preso e 90 dias se estiver solto. Estes prazos são prorrogáveis.
6. Indiciamento e Consequências:
O indiciamento é um indicativo de suspeita, não uma condenação. O investigado continua com o status de inocente até eventual condenação.
7. Encaminhamento ao Ministério Público:
Ao final, o inquérito é enviado ao MP, que decide pela denúncia, arquivamento ou mais investigações.
8. Possibilidade de Solução Alternativa:
Em certos casos, pode-se negociar acordos como o Acordo de Não Persecução Penal, evitando o prosseguimento da ação penal.
Aconselho meus clientes a encararem o Inquérito Policial com seriedade, sempre seguindo as orientações legais.
A preparação e a estratégia adequadas nesta fase podem ser decisivas para o resultado do caso.
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